São Paulo, 30 de agosto de 2019
em/com Florido
///sexta feira – dia de espetáculo
O meu desempenho em cena
O meu desempenho em cena
O meu desempenho em cena
O nosso desempenho em cena
O nosso desempenho em cena
O nosso desempenho em cena
Já somos reta final de trabalho. Já ouvimos que algumas coisas, trabalharíamos mais se tivéssemos continuidade. Cada corpo ainda é atento porque somos um organismo em composição continua da cena que arrebata o público que chega até nós. Que deseja estar. O lance é que meu solo esta grande e sem sentido para a direção em um determinado momento. Estou muito tempo ali debochando a estrutura e sem lamber sapatos. Entre em cena angustiado, mas leve até as últimas consequências o suor e os músculos, o joelho de pele arrebentada ao cair sempre do mesmo modo. Porque você sabe que precisa cair daquele jeito, naquele momento. Você fez escolhas conscientes neste momento de vida, do que investigou em decolonidade de si – que busca visceralmente todas as dias. Mas agora? Agora? Agora?
Existe uma emoção sem fim quando abandonamos nossos mantos e lidamos com nossas colônias pessoas – em nossos rytos urbanóides – na secura dos nossos recursos e tudo é concreto. Para nos tornarmos flores, canto, pedido desesperado por escuta no delírio neoliberal cis fascista. Bambu rresistência. Dança de morte para vida.
aaaaaaanhaaaangaaabaaaaúúúúúú
taaaamaaannduuuaaaateeeeíííí
(estado mantrico de contato ancestral com as águas mortas-vivas)
SAUDAMOS A FLORESTA CORPO ÁRVORE DESBIOLOGIZADO SEM DARWINISMO SOCIAL BRANCO CIS COLONIZADOR
A dança pode ser o estado máximo de um corpo em decolonidade/sem gênero/sem estrutura/sem rei/sem rainha/sem governantes/corpas livres em suas formas – todas as formas.
A dança continua valorizando quem salta melhor com o corpo mais magro e com vigor – sempre.
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